Eduardo Ribeiro Mundim
Com
certeza é cômodo posar de pacifista, arauto da diplomacia e profeta da
ética sentado confortavelmente em casa, a salvo da guerra. O que não
anula o pacifismo como expressão política, a diplomacia como meio e a
ética como sustentáculo de ambos.
Não há dúvida de que as guerras são cruéis, que a força pede força e que quem vivem pela espada morrerá por ela.
Não há dúvida de que o atual conflito Hamas / Israel é uma peça em vários jogos de tabuleiro, onde participam diversos interessados. Irã, EUA, Comunidade Europeia, Israel, Fatah, Hamas, Liga Árabe,... A lista não tem fim.
Não há dúvidas de que ao Hamas (ao menos a sua facção terrorista) interessa muito mais a destruição de Israel que a proteção e desenvolvimento do seu próprio povo. Para estes, so interessa a guerra.
Não há dúvidas de que a guerra possibilita o desenvolvimento do setor econômico a ela ligado, desde o armamento propriamente dito até a tecnologia do dia a dia e a própria saúde.
Não há dúvidas de que na guerra atitudes inumanas, imorais, bárbaras são perpetradas por qualquer dos atores.
Não há dúvidas de que estar em guerra é uma ótima justificativa para permitir que os aspectos mais baixos da natureza humana (a sombra, no jargão junguiano) se inflacionem e se transformem no ego - enquanto expressão visível de uma pessoa.
Não há dúvidas de que o mais forte é quem tem condições de dosar sua própria força.
Não há dúvidas de que mais palestinos inocentes morreram que terroristas... O que mostra exatamente qual o valor da vida humana.
No meio de tanta humanidade, temos um padrão bíblico a buscar e a contextualizar. O padrão divino nunca foi fácil de suportar: "doce como mel, e amargo como fel". Mas não vejo outra alternativa que se conforme mais (admito que há outras alternativas, que se conformam menos) a ele que a busca, por todos os meios que causem o menor dano possível frente às opções disponíveis, de uma solução que não cause morte a ninguém. E é esta busca que sinto falta no ambiente cristão em que vivo, onde a tônica é, basicamente, justificar Israel.
Não há dúvida de que as guerras são cruéis, que a força pede força e que quem vivem pela espada morrerá por ela.
Não há dúvida de que o atual conflito Hamas / Israel é uma peça em vários jogos de tabuleiro, onde participam diversos interessados. Irã, EUA, Comunidade Europeia, Israel, Fatah, Hamas, Liga Árabe,... A lista não tem fim.
Não há dúvidas de que ao Hamas (ao menos a sua facção terrorista) interessa muito mais a destruição de Israel que a proteção e desenvolvimento do seu próprio povo. Para estes, so interessa a guerra.
Não há dúvidas de que a guerra possibilita o desenvolvimento do setor econômico a ela ligado, desde o armamento propriamente dito até a tecnologia do dia a dia e a própria saúde.
Não há dúvidas de que na guerra atitudes inumanas, imorais, bárbaras são perpetradas por qualquer dos atores.
Não há dúvidas de que estar em guerra é uma ótima justificativa para permitir que os aspectos mais baixos da natureza humana (a sombra, no jargão junguiano) se inflacionem e se transformem no ego - enquanto expressão visível de uma pessoa.
Não há dúvidas de que o mais forte é quem tem condições de dosar sua própria força.
Não há dúvidas de que mais palestinos inocentes morreram que terroristas... O que mostra exatamente qual o valor da vida humana.
No meio de tanta humanidade, temos um padrão bíblico a buscar e a contextualizar. O padrão divino nunca foi fácil de suportar: "doce como mel, e amargo como fel". Mas não vejo outra alternativa que se conforme mais (admito que há outras alternativas, que se conformam menos) a ele que a busca, por todos os meios que causem o menor dano possível frente às opções disponíveis, de uma solução que não cause morte a ninguém. E é esta busca que sinto falta no ambiente cristão em que vivo, onde a tônica é, basicamente, justificar Israel.
publicado em 14/09/09, http://crerpensar.blogspot.com.br/2009/01/massacre-no-gueto-de-gaza-3.html
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