Fernanda Mena
repórter Folha de Sâo Paulo
Quatro quarteirões de inferno. Era essa a alcunha da cena aberta de uso de drogas em Vancouver, no Canadá, onde a enfermeira Liz Evans começou a trabalhar há mais de 20 anos. Era a "cracolândia" canadense, repleta de usuários de drogas injetáveis.
Responsável pela criação de uma rede de atendimento a usuários ativos em situação de rua, ela começou com um hotel para abrigá-los ao qual se uniram clínicas médicas e odontológicas, programas de distribuição de seringas, salas de uso seguro, uma agência bancária e até uma loja de chocolates artesanais que emprega ex-moradores de rua que podem ou não ainda fazer uso de drogas.
Com isso, declara a enfermeira, diminuiu a desordem pública local e os delitos ligados à cena aberta de uso. "Exigir que a pessoa pare de usar drogas para ajudá-la é tornar sua vida ainda mais difícil", avalia.
Durante visita à cracolândia do centro paulistano, Liz se emocionou. "Sei que ajudar essas pessoas é um trabalho muito muito difícil, mas vivenciar suas transformações é extremamente gratificante."
Hoje, Liz coordena os dois maiores serviços de redução de danos de Nova York e se prepara para produzir um estudo de viabilidade de criação de salas de uso seguro de drogas naquela cidade.
veja entrevista em http://www1.folha.uol.com.br/
Postado no Bioética e Fé Cristã em 2/06/2017
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